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Conexão sem fio é boa opção para prédios residenciais

O serviço de banda larga, no país, além de caro, não tem agradado aos usuários que optaram por esse tipo de conexão. “O custo ainda é muito alto para implantar essas tecnologias.

Atualmente, segundo levantamento do Ibope feito ano passado, dos 10 milhões de usuários de internet, apenas 190 mil deles são assinantes de serviços de banda larga.

Na Bahia, por exemplo, essa tecnologia praticamente acaba de estrear no cenário de provimento, mas o custo é relativamente alto.

Custo do sistema

A exceção fica por conta do acesso via ondas de rádio. Em um prédio, o custo mensal do serviço para uma base de 12 usuários sai, em média, por R$ 60.

O preço médio para a instalação da conexão via rádio fica por R$ 300, para o grupo de 12 usuários, já com provedor de acesso e velocidade de 64 K.

“Quem quer ter internet rápida, mas de forma viável, pode apostar nessa nova alternativa. O acesso via rádio é uma solução interessante em custo/benefício, além da facilidade de implantação, sem depender de uma linha telefônica”, explica o diretor de tecnologia da Wavenet, Marcone Cerqueira.

A topografia da cidade tem sido um entrave para a implantação do serviço. É que para a transmissão do sinal pelas torres repetidoras, quanto menos obstáculos, melhor. Quando não há esta condição, ocorre o que os especialistas chamam de sombras, que impede a propagação do sinal.

“Isso dificulta a expansão do negócio, mas, ainda assim, em dois anos de atuação no mercado, conseguimos entre 70% a 80% da área de cobertura da cidade onde existem clientes em potencial para a rede em banda larga”, conta.

A empresa instalou em Salvador sete pontos de presença, sendo que cada um deles chega a atingir um raio de 5 Km sem área de sombra. Cada repetidora custa em média US$ 6 mil.

A pergunta que deve estar martelando agora é: por que as empresas baianas não estão tão difundidas entre os usuários domésticos? O que pega mesmo, segundo Cerqueira, é que a tecnologia wireless não é economicamente viável para um único usuário.

“Ele pagaria por 12”, frisa Cerqueira. Em condomínios residenciais que podem bancar o investimento, nem sempre há aprovação de todos os moradores”.

Um desses casos aconteceu em um condomínio residencial do Stiep. Dos 60 moradores, apenas 28 aprovaram a implantação do sistema. Cada um pagará em média R$ 30 por mês, com intranet e outros benefícios.

No caso de uma empresa estruturada, que já sabe o que necessita, fica mais fácil conduzir o negócio. É o caso de A TARDE, que começa este mês a disponibilizar o acesso via rádio em seus postos de atendimento.

Ramon Pinto, coordenador técnico do CPD de A TARDE, disse que essa é uma forma economicamente interessante de manter os quiosques em funcionamento, pois evitará custos com suporte, troca de equipamento etc. “Fica bem mais prático prestar manutenção, porque não vamos depender de logística para manter os terminais em funcionamento”, diz. (Regina de Sá)