Antenados na Net sem fio
Conexão
via rádio Serviço está focado no setor
corporativo, mas é boa opção para
prédios residenciais
Regina de Sá
Por que,
afinal, o acesso à internet via ondas de rádio
não deslanchou? Esta é uma pergunta que, até
bem pouco tempo, ainda martelava na cabeça daqueles
que, há cerca de dois anos, chegavam em Salvador com
a proposta de desbancar os modems de 56 K e propor uma conexão
em rede a partir de 64 K limpos, sem ruídos
de linha, quedas e contas telefônicas astronômicas.
A isso se
seguiram dois entraves: por conta do boom de acesso grátis,
empresas especializadas em wireless tiveram que redirecionar
seus negócios e buscar empresas interessadas em novos
tipos de conexão.
O cliente
corporativo e o de condomínios ganharam atenção
especial dessas empresas, que, para não perder o fio
da meada, mostraram todo o potencial existente no acesso via
rádio e as vantagens de se investir na tecnologia.
Naquele
momento, a atenção do mercado estava toda voltada
para o provimento gratuito. Passada a euforia, a batalha
agora é buscar alternativas de banda larga e parceiros
de conteúdo dispostos a entrar no negócio,
sentencia o Diretor de Tecnologia da Wavenet, Marcone Cerqueira,
que, junto com o Diretor Comercial, Airton Tambellini, aposta
todas as fichas na tecnologia wireless, tendo como foco o
mercado corporativo.
As perspectivas
são boas no mercado nacional, garante o Gartner Group.
Segundo pesquisa do instituto, os próximos cinco anos
serão decisivos na área de provimento de banda
larga.
O percetual
de internautas que utilizam esta modalidade de conexão
poderá chegar a 65% em 2010. Essa é uma realidade
bem mais plausível, no entanto, para os países
como os EUA, onde cerca de 8 milhões de internautas
já largaram o acesso discado a 56 K e se voltam ao
acesso via banda larga.
Outras partes do planeta já
se valem do acesso broadband como forma de se plugar na net.
Na Coréia do Sul, por exemplo 50% de internautas, ou
4 milhões de pessoas, utilizam os benefícios
reais das conexões via cabo e ADSL.
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